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Entrevistas

Micael Herschmann
Universidade Federal de Rio de Janeiro - Brasil

1. ¿Qué interés y qué desafíos presenta una historia de los medios en América Latina?

É indiscutível a importância socioeconômica e política da história dos meios de comunicação para as sociedades latino-americanas. Ainda vivendo um processo de ampliação da cidadania (ou seja, ainda enfrentam-se inúmeros contextos marcados pela desigualdade e exclusão social) em seus respectivos países, a construção de uma história da comunicação rigorosa (e corajosa) se coloca para os atores sociais com um passo importante para a revisão da história da América Latina nos últimos séculos e para ampliação de um imaginário social mais democrático. Como já foi ressaltado, por inúmeros teóricos da área, há inúmeros desafios a serem enfrentados na construção de uma história dos meios de comunicação na América Latina. Poder-se-ia mencionar os mais evidentes, tais como: a) pouco interesse e/ou apoio público ou privado para a construção deste tipo de história; b) inexistência ou precariedade dos acervos nos quais está depositada esta documentação; c) nível de instrução ou desinteresse da população por este tipo de temática (ou inadequação da maneira como é apresentado este conjunto de enunciados/conteúdos ao público). Entretanto, incomoda-me que continuamos – após tanto debate já realizados no campo da comunicação nas últimas décadas – como uma história excessivamente centrada: a) na história dos veículos de comunicação em si (focada na estrutura econômica ou nos conteúdos ideológicos e não nas mediações); b) ou apenas no processo de recepção dos conteúdos midiáticos. Carecemos de pesquisas de comunicação, que retomem de alguma forma a agenda ampliada dos Estudos Culturais Britânicos e que trabalhem – como propunha Stuart Hall - não só com os codes, mas também os decodes presentes.

2. ¿Cómo encararía en la actualidad un proyecto de historia de los medios en América Latina?

Considero como sendo de suma importância a organização e desenvolvimento de projetos internacionais de história dos meios de comunicação, envolvendo investigadores de diferentes países da América Latina. É muito importante que possamos construir estudos comparativos e metodologias de pesquisa integradas. Especialmente, neste momento em que a indústria dos meios de comunicação (e, evidentemente, o mundo) estão globalizados, estas investigações de grande porte - envolvendo redes de pesquisadores - adquire uma relevância estratégica enorme. Poder-se-ia oferecer como, por exemplo, os desenvolvidos: pelo Orbitel (Observatório Ibero-americano da Ficção Televisiva); pela CIESPAL (Centro Internacional de Estudos Superiores de Jornalismo para a América Latina), pelo Observatório de Cultura da OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos), entre tantos outros que, felizmente, vem sendo implementados, nos últimos anos. São exemplos de estudos interessantes, desta envergadura, e que poderão geram resultados muitos significativos em breve.

3. ¿Es posible escapar a las “Historias nacionales” en este campo?

Não sei se deveríamos “escapar das histórias nacionais”, pois há conseqüências importantes a serem levadas em conta. Na realidade, muitas vezes as novas gerações de pesquisadores, de certa maneira, fazem isso. Alguns que estudam a relação da sociedade com as novas tecnologias digitais des-territorializam e muitas vezes quase “presentificam” seus objetos de pesquisa. Frequentemente analisam praticamente de forma exclusiva a recepção que os atores sociais fazem das novas mídias (especialmente aqueles que envolvem o emprego dos meios de comunicação alternativos e interativos) como se estes veículos não estivessem inseridos num emaranhado de interesses, não estivessem envolvidos num contexto sóciopolítico econômico (marcados por históricas tensões e articulações entre atores sociais e instituições) ou como se não tivessem que se relacionar com as mídias tradicionais. Acredito que um rigoroso trabalho de história da comunicação necessariamente deve trabalhar dentro de uma perspectiva: a) que privilegie não só as rupturas, mas também as continuidades nos diferentes processos que envolvem atores e instituições; b) compromissada com os interesses sociais da sua coletividade (com a construção de uma análise crítica) e, portanto, a análise do contexto nacional, ainda que não exclusiva, é imprescindível hoje (mesmo num mundo globalizado). Os pesquisadores de comunicação podem subsidiar - com seus estudos e reflexões - ações dos atores sociais que não estão centradas no nacional (podem privilegiar uma articulação do local com o global ou mesmo com o macrorregional, tal como sugere García Canclini - na coletânea intitulada Indústrias Culturais na Integração Latino-americana - ao propor um “Federalismo Regional” como alternativa), mas não deveriam perder de vista os processos históricos dos seus respectivos países, na América Latina.

Micael Herschmann es Profesor e Investigador del Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro y Coordinador del Núcleo de Estudos e Projetos em Comunicação (NEPCOM) da Escola de Comunicação da UFR.Ha publicado Comunicação e História: Interfaces e novas abordagens (2008), en colaboración con A.P. Goulart.


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